Terça-feira, 4 de Dezembro de 2007

Pedra de Tropeço

Pedra - s. f., corpo duro e compacto que forma as rochas; calhau; rebo; cálculo; concreção calcária que se forma na bexiga, nos rins e nos dentes; quadro preto usado nas escolas; granizo; lápide de sepulcro; peça de jogo de tabuleiro; fig., pessoa estúpida, bronca;


Tropeço - s. m., aquilo em que se tropeça; fig., travanca; obstáculo;

Esta expressão (que em Inglês se diz 'to be a stumbling block'), em sentido figurativo, significa que existe alguém que está a servir de dificuldade ou obstáculo a outrém.

Na vida, encontramos muitas 'pedras de tropeço'. Na maioria das vezes somos nós próprios. O nosso orgulho, a nossa vaidade, as nossas manias, os nossos 'achos', não passam de elementos que formam a 'pedra de tropeço' que muitas vezes se levanta na nossa vida.

Outras vezes é alguém que nos surge no caminho da vida: no empregou, ou na família, ou no dia a dia.

O que é certo é que todos temos sempre uma 'pedra de tropeço' à nossa frente.

A maioria das vezes, nem damos conta que temos tal elemento à nossa frente (que pode variar de tamanho e feitio), que acaba por nos toldar a visão do futuro e de encobrir o presente.

Por vezes, é o orgulho. Orgulho de pedir perdão. Orgulho de admitir que erramos, que somos falíveis e que não sabemos tudo. Orgulho em agradecer algo que nos fizeram ou deram. Orgulho, não admitindo que poderão haver pessoas melhores do que nós, nas coisas que pensamos saber fazer.

Outras vezes é a vaidade. A vaidade que nos faz afastar todos os que se poderiam aproximar de nós. Vaidade do que pensamos ser, saber fazer. Vaidade em pensar que somos o centro do universo. Vaidade que nos faz pensar que mais ninguém pode ter os 'dons' que temos.

Outras vezes, ainda, são os nossos 'achos' e manias. Achamos que temos de ensinar os outros a ser como nós. Achamos que os outros nunca se vestem tão bem, quanto nós. Achamos que os outros nunca falam, tão bem quanto nós. Achamos que os outros, por melhores que possam ser, nunca chegarão aos nossos calcanhares. Aceitamos as manias que os colegas que nos rodeiam só nos querem roubar o protagonismo.

Mas ainda assim, existem pedras de tropeço, que são exteriores. Algumas pessoas que agindo das formas que descrevi acima (e ainda de outras, que não quero expor aqui e agora), entendem que devem de perturbar a vida dos outros, dos que nos rodeiam, dos que trabalham connosco, dos que estão ao nosso lado, até.

Quem somos nós para usar de um 'dom' para dar recados ao próximo? Quem pensamos ser, afinal de contas, para achar que temos sempre algo para ensinar aos outros?

Não somos todos matéria? Terminando o fôlego de vida, não ficaremos todos inanimados, e voltaremos à terra?

Porquê desperdiçar esta vida, fazendo a vida dos outros num inferno?

Por fim, quero deixar a frase:

"... ninguém estando sozinho, consegue vencer na vida, nem a vida...."

Abraço

 


Silêncio da Música: Vasos nas mãos do oleiro
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publicado por Jv às 09:00
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Quarta-feira, 27 de Junho de 2007

A Música que somos #2

Pois é!

Ontem só falei de uma música, que neste momento se enquadra no meu perfil, mas todos nós temos/ somos muitas músicas...

São melodias que se enquadram em momentos e em situações da nossa vida e do nosso dia-a-dia.

No meu caso, são situações marcantes... outras são meros momentos/ flashes de memória, tudo porque a música me marcou...

Lembro-me de uma professora minha do meu 9.º ano (grande turma a do 9.º5 da Escola Secundária de S. João do Estoril), de Desenho, que inexplicávelmente eu não me recordo do nome (coisa raríssima e quase impossível de acontecer, visto eu ter uma memória de elefante para nomes...), um dia, numa aula, colocar uma música de Peter Gabriel para nos 'inspirar' a desenhar... e ela abriu a porta da sala, saiu e foi dançar para o meio do Pavilhão... lembro-me de gozar com a situação anos a fio, mas aquela música marcou-me (Sledgehammer) e ainda hoje me lembro dessa situação quando oiço a música...

Costumo muitas vezes acordar com uma música/ melodia dentro de mim, que acabo por trautear e cantarolar o dia inteiro. Já me aconteceu num momento menos bom, começar a ouvir uma melodia dentro de mim e até a cantarolar, mas não sabia de onde vinha nem a letra... até que a ouvi, por acaso, e era uma bela música, maravilhosa e brilhantemente plantada em mim (pois era o que eu estava mesmo a precisar de ouvir) que não ouvia desde a minha meninice (+- 5 anos)...

Aconteceu-me num exame de Português do 12.º ano, estar tão seguro e tão concentrado no que estava a fazer, que comecei a cantar uma música, inicialmente baixinho, até que fui levantando o 'som' (inconscientemente) e a stôra me ter pedido para me calar... a sensação que tinha era como se um coro com 1000 vozes e uma orquesta linda estivessem a cantar/ tocar para mim e eu estivesse ali a derramar-me na música... quando me chamaram e me pediram que me calasse, tudo se silenciou. Esse silêncio é quase como uma dor nos ouvidos. Essa música era 'Majesty!'.

Por vezes sinto que certas músicas que ouço e que 'apanho' (na rádio, na internet, etc.), são autênticos recados para mim... umas avisam-me, outras dão-me força... outras lembram-me situações, para me preparar para o que vem. Outras ainda, são apenas para diversão.

Uma vez numa festa de anos, penso que no meu 7.º ano, fui 'obrigado' a dançar 21 vezes (sim, eu contei-as e decorei-as...) a mesma música (November Rain - Guns n' Roses)... Marcou-me ao ponto de hoje ainda não a poder ouvir...

A música marca-nos, porque é algo que está em nós. Vive em nós. Vive através de nós...

A música foi Deus quem a criou, pois tenho a certeza que a vida que a música nos dá, só pode vir daquele que nos deu/ dá vida.

Ele tem gosto peculiar pela música... e incutiu isso em nós, principalmente porque sabe que isso nos torna mais parecidos com Ele.

Eu tenho gostos muito peculiares, no que toca a música. Mas tenho consciência que não me obrigo a ouvir nada que não queira...

Hoje estou: Bué de bem!!!
Silêncio da Música: Já sabem qual é...
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publicado por Jv às 09:00
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